Funcionários relatam ter sido demitidos depois de semanas de trabalho, e sem terem passado por nenhuma avaliação de desempenho; contratações que já estavam certas foram canceladas
No início do mês, Elon Musk havia anunciado que iria cortar 10% dos trabalhadores da Tesla até setembro. Agora, suas declarações começam a virar realidade. Segundo informações do Business Insider, profissionais que começaram na empresa há apenas alguns meses ou semanas foram demitidos, enquanto outros tiveram as ofertas de emprego retiradas.
“Fiquei muito chocado quando me disseram que estava sendo demitido. Como gerente, tive a impressão de que minha posição era segura”, disse ao portal um funcionário sênior que havia sido admitido no início deste ano.
Questionado sobre como a Tesla decidiu quais funções cortar, ele respondeu. “Eles disseram que as demissões foram baseadas em avaliações de desempenho, mas isso não é verdade, na minha opinião. Eu estava na Tesla há apenas alguns meses e ainda não tinha metas de desempenho definidas ou uma avaliação consolidada. Perguntei quais métricas eles usavam e eles se recusaram a me dizer”.
Outro funcionário demitido, Iain Abshier, que fazia parte da equipe de recrutamento da montadora de carros elétricos, postou o seguinte no LinkedIn: “Droga, isso foi um soco no estômago. Na tarde de sexta-feira, fui incluído nas demissões da Tesla, depois de apenas duas semanas de trabalho”.
Já Robert Belovodskij teve sua oferta de trabalho como engenheiro de desenvolvimento de controles de fabricação rescindida. Ela começaria no cargo em agosto.
O Business Insider destacou ainda que dois ex-funcionários, John Lynch e Daxton Hartsfield, estão processando a empresa, alegando que ela violou a lei federal ao demitir centenas de pessoas em um curto prazo.
De acordo com eles, pelo menos 500 de seus colegas de trabalho no estado de Nevada, nos Estados Unidos, perderam os empregos na mesma época.
© Informações do Business Insider