Pedro Scooby fala sobre os novos planos, paternidade, maconha e ficar meses sem sexo

Surfista ainda comentou sobre os ataques de Luana Piovani nas redes sociais e desconforto com Arthur Aguiar

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Antes de entrar no “Big Brother “Brasil 22”, a vida de Pedro Scooby era resumida como “o ex-marido de Luana Piovani”, pintado por ela nas redes sociais como o pai irresponsável de Dom, de 10 anos, e dos gêmeos Bem e Liz, de 6. Após um trimestre dentro da casa mais vigiada do país, torna-se “o cara mais gente boa do Brasil”, destacado pelo apresentador Tadeu Schmidt em seu emocionante discurso de despedida no dia da eliminação. “Acho que me julgavam baseado em algo que alguém falou ou que aparecia num site. Agora, podem até continuar me julgando, mas apoiado no direito que as pessoas tiveram de saber como eu sou, de fato”, afirma o surfista, carioca de Curicica, de 33 anos.

Em 45 minutos de conversa por videoconferência, Scooby se diz preparado para colher os louros do programa, pretende tirar do papel a criação de seu próprio instituto, focado em assistir famílias de Jardim Gramacho, bairro da Baixada Fluminense; lançar um filme sobre sua história (“Vão aparecer várias coisas que nunca contei. Ali, as pessoas vão entender a realidade que foi minha vida”), dedicar-se aos preparativos do casamento com a modelo Cíntia Dicker (com quem pretende ter “quantos filhos ela quiser”, em breve) — previsto para outubro deste ano, na Bahia — e trata de assuntos polêmicos com a mesma leveza com que encarou o jogo e os desafios em momentos nos quais a vida não se mostrou lá tão “irada”. Confira a seguir.

As pessoas atribuíram a você o estereótipo de maconheiro. É a favor da legalização?

Sou muito a favor. Não é porque não fumo que fecho os olhos para a parada. Fui criado num ambiente em que pessoas mais velhas me diziam que a maconha era a porta de entrada para outras drogas, mas quem faz esse papel com excelência é o álcool. Numa sociedade onde a maconha é ligada ao crime organizado, é muito difícil ter uma conversa sobre as propriedades medicinais e benéficas da planta.

Já fumou em algum momento? Como reagiria se um dos seus filhos fumasse e o que pensa sobre pais que fumam com os filhos?

Tinha uns 15 anos quando fumei pela primeira vez, já fumei quando mais velho, e não funciona em mim. Mas uso óleo de CBD (sigla de canabidiol, substância extraída da planta) direto para dormir. Não tenho qualquer preconceito. Quando meus filhos começarem a beber, já vou iniciar conversas sobre essas coisas de um jeito que eu consiga alertá-los sobre o que pode ser bom ou ruim num determinado momento. Não vou chegar para o meu filho e dizer “está tudo errado, você não pode fumar”. É preciso ter esse diálogo. Tem pais que fumam com os filhos, assim como tem pais que bebem com os filhos. Se é certo ou errado, depende do ponto de vista e dos pais. Mas o álcool vem na frente como droga mais perigosa.

Você e Cíntia são muito sexualizados. Como foi passar três meses sem transar?

Não pensava nisso durante o dia, conseguia me segurar para não ir ao banheiro (se masturbar). Mas cheguei a ter umas seis pulsões noturnas durante sonhos que eu tive com ela. Era algo que não tinha como controlar. Na primeira noite depois que saí da casa, achei que eu fosse estranhar porque não usava “ele” havia muito tempo, mas nem saí do quarto. Foi a madrugada toda, gostoso.

Existe um Pedro Scooby antes e um”depois do “Big Brother Brasil”?

Não. Mas foi um momento bom para refletir. Nunca fui de parar para pensar na minha vida e sempre procurei viver intensamente por causa do meu esporte, que me traz um risco de morte grande. Mas o mesmo Pedro que entrou foi o que saiu. Quem me conhece sabe que não sou um cara que passa por cima de tudo para vencer. Não que os outros participantes não tenham carregado princípios, mas os que carrego dentro de mim me impedem de passar por cima de várias coisas para chegar à vitória. As relações, o amor ao próximo, as parcerias e a minha felicidade vêm em primeiro lugar.

O Pedro de 2018 foi visto comemorando a vitória do presidente Jair Bolsonaro num quiosque da praia da Barra da Tijuca. Ainda é a favor do governo?

Estava de passagem naquele momento e parei no quiosque para ver o que estava acontecendo. Ainda morava por lá e tinha acabado de voltar de viagem. E, na verdade, justifiquei meus votos nos dois turnos porque estava fora do país. Mas assisti a uma entrevista em que foi dito algo com que concordo muito: ainda não existiu o cara perfeito, mas vou tentar apoiar quem está na Presidência porque torço pelo Brasil. Foi assim com o Lula, foi assim com a Dilma, foi assim com o Bolsonaro. Infelizmente, não deu certo. Confesso que não sou a melhor pessoa para falar desse assunto, mas sou aberto a debates e sempre procuro me informar.

Você era casado com a Luana naquela época. Considera justas as críticas que ela faz sobre a sua paternidade nas redes sociais?

Respeito muito a Luana como mãe, e ela tem um jeito próprio de expor o que pensa. Mas acho que as melhores pessoas para falarem sobre a minha paternidade são as crianças. Elas me respeitam muito, são completamente apaixonadas por mim e, quando estão comigo, até brigam menos. Não aponto os erros da Luana, porque sei que tenho os meus. Mas quem está presente na minha vida e assiste ao meu relacionamento com os meus filhos olha com admiração.

Seu pai o abandonou durante a adolescência, e seu irmão foi preso por tentativa de suborno. Como é a relação de vocês?

Tive uma relação muito difícil com o meu pai. Existia essa mágoa por eu ter virado o homem da casa com 15 anos. Mas, no fim de 2020, ele se desculpou pela primeira vez pelas coisas que fez, olhou para os erros, e voltamos a nos aproximar. Achei importante, principalmente para os meus filhos terem uma relação com o avô. E o meu irmão foi o grande antagonista da minha vida. O que fiz de escolhas certas, ele fez de erradas. E eu não tinha pulso firme, mesmo sendo o irmão mais velho, estava sempre viajando. Ele também se defendia e costumava falar: “Você não é meu pai”. Mesmo assim, meu irmão sempre foi uma inspiração de bom coração. A gente não pode só julgar. Todo o mundo tem o direito de errar, e ele já pagou por isso.

Com essas ausências, quem você diria que foi preponderante na formação da pessoa a que assistimos no “BBB”?

A rua. Tive muitas vivências que me ensinaram. É uma coisa que nem imagino meu filho fazendo, mas, com 10 anos, eu já ia de ônibus para a escola, que ficava a uma hora da minha casa. Acordava cedo, saía com a prancha embaixo do braço, pegava uma Kombi lotada com a prancha na cabeça para ir à praia e treinar. Eu não tinha nem o dinheiro da passagem. Vivia batendo na porta do vizinho para pedir R$ 2. Minha mãe sempre foi meu anjo da guarda, mas ela não tinha muita voz ativa sobre a gente, apesar de sempre existir muito respeito.

Arthur Aguiar comentou que talvez vocês não fiquem tão próximos aqui fora. O que tem a dizer sobre isso?

Temos vidas e personalidades muito diferentes. Respeito a forma com que ele vê a vida e como levou o jogo. Nunca irei desrespeitá-lo. Tentei passar o melhor que pude para ele lá dentro. Mas é isso, está tudo certo.

Convidaria o Arthur para o seu casamento?

Meu casamento vai ser bem pequeno e só estarão amigos próximos. Poucas pessoas que estiveram comigo no “BBB” estarão lá, mas não por eu não querer mais falar. Pelo contrário. Vou sempre cumprimentar todo mundo. Quem levarei para a vida estará no meu casamento. Convidei o Paulo André para ser meu padrinho, e “Douglas Silva também será um convidado ilustre. São pessoas realmente importantes.

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